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Acompanhando bem próximo alguns profissionais que estão em busca de evoluírem profissionalmente, tenho hoje uma descrição prática daqueles que conseguem o objetivo de passarem sua carreira para um próximo nível de uma forma rápida, e daqueles que passam bem mais tempo ou não conseguem atingir este objetivo.
A diferença entre estes perfis de profissionais começa pela visão e ação rápida que o grupo que se destaca profissionalmente tem, em encontrar espaços vazios da organização ou de suas funções e preencher estes vácuos, procurando mais coisas além daquelas para as quais foram contratados.
Este grupo age sem dá muita atenção ao que está escrito em seu contrato de trabalho, porque isso é menos importante do que as entregas que são capazes de fazer e de mostrar.
Já o outro grupo, os que fazem parte da média, ficam claramente preocupados em não gastar energia com o serviço dos outros ou de responsabilidade “exclusiva” da organização. Fogem com frequências de trabalhos não remunerados.
Vou continuar relatando outros pontos destes dois tipos de grupos, os que se destacam e os que ficam na média. Mas neste momento peço que faça agora uma avaliação olhando a sua volta, seus colegas, seu chefe e até algum prestador de serviço que você se relaciona.
Observe que há aqueles que estão sempre se oferendo para fazer outras coisas. Muitas vezes nem se oferecem, vão lá, tomam a iniciativa, lideram o grupo, enfrentam barreiras e fazem. Não é verdade?
Já aqueles do grupo da média, têm sempre uma desculpa na ponta da língua para se livrar do compromisso extra. É a esposa que vai reclamar, o marido que não vai gostar, tem médico marcado, sábado não podem, já tem viagem agendada. Enfim, desculpas não faltam para não assumir riscos, porque eles nunca assuem riscos.
O grupo de destaque é composto de profissionais pró-ativos e que estão sempre disponíveis para fazer alguma coisa, por elas e pelos outros.
São os que puxam o time para cima, dão ideias, estão sempre prontos para fazer algo além do previsto.
Fica óbvio o porquê de os membros deste grupo terem carreiras ascendente.
E mesmo quando vão em busca de ajuda profissional para direcionar a sua carreira, rapidamente conseguem alinhar suas ações para os objetivos que desejam alcançar, pois estão sempre dispostos a arriscar, a ousar, e a agir para isso.
Enquanto os membros do grupo da média, ficam travados na própria imobilidade e inércia, ancorados em suas próprias zonas de conforto, enraizados lá.
Quando eventualmente vão em busca de ajuda externa, demoram bastante a entender que a solução não está exclusivamente nas circunstâncias, nos outros nem tão pouco nas mãos do profissional contratado para ajudar, mas na mudança de suas atitudes.
Por isso é muito comum ver os membros deste grupo passarem anos a fio na mesma posição profissional ou até em uma pior, quando não partem para agir e encontrar suas soluções.
O interessante é que este grupo, em sua maioria, só se move quando a empresa entra em crise e todo mundo começa a entrar em pânico. Quando sua zona de conforto começa a ficar ameaçada.
Na época em que estava em campo, no meio corporativo, buscando gerar resultados para minha equipe, um dos grandes nomes na área de desenvolvimento pessoal da época, era o professor, antropólogo e palestrante, Marins Filho.
Lembro que ele tratava muito o tema da resistência natural das pessoas a assumir riscos. Havia até um termo falado muito por ele, as pessoas não gostam de “se sujar”.
No sentido de que elas deviam assumir mais riscos para conseguir o que queriam para sua carreira sem medo do fracasso.
Neste contexto os membros do grupo de destaque, estão sempre lá, a qualquer momento dispostos a “se sujarem” para mostrar resultados.
Daí mais um ponto para aumentar a sua visibilidade e consequente melhores desempenhos na carreira.
E assim fica estabelecida claramente a razão da diferença que separa os profissionais entre visíveis e invisíveis na organização.
Enquanto alguns se tornam visíveis por não terem medo de “se sujarem”, há outros que ficam completamente invisíveis e estagnados na carreira, porque ficam acuados, presos ao receio de serem mal interpretados, de parecerem puxa-sacos da empresa, de se afastarem dos seus cargos, de serem malsucedidos em usas iniciativas e não terem coragem de procurar ajuda.
Se você se enquadra como visível, parabéns! Certamente sua carreira está ascendente e gerando realização profissional.
Mas se está se enquadrando como invisível, é hora de começar a agir e rever alguns conceitos que podem estar impedindo a sua ascensão profissional.