Fazer ou não fazer? Tentar ou não tentar
“Ação nem sempre traz felicidade, mas não há felicidade sem ação.” Benjamin Disraeli
A maior parte das pessoas geralmente escolhem não se pôr em ação. Independente de se considerar corajosa ou não, as incertezas e a possibilidade de falhar podem ser bastante assustadoras.
Só que esta opção espelha muitas vezes a escolha da infelicidade em prol da incerteza.
Quantas vezes nós mesmo deixamos de tentar algo novo para soluções de alguma “dor” que temos, por algum tipo de medo, receio ou dificuldades que nos levam para fora de nossa zona de conforto.
Para isso inventamos desculpa para não agir. Rotulamos o medo de tomar uma atitude em uma “recusa otimista”, do tipo: não vou sair deste emprego insuportável, porque posso receber um aumento e melhorar minha renda.
Isto é o medo de agir e até de planejar uma solução disfarçado de otimismo.
E se você se perguntar se estar em situação melhor do que há um ano, ou há um mês ou há uma semana, o que responderia?
Se não está, as coisas não vão melhorar se não houver alguma mudança de rumo nas ações que pratica.
Se você está tentando se enganar, esta é a hora de parar e se preparar para fazer algo diferente. É preciso dar um salto rumo a novas atitudes, se não tudo vai continuar do mesmo jeito.
O escritor e humorista norte-americano MARK TWAIN dizia uma frase que pode representar bem o pensamento racional que paralisa muitos a partirem para uma ação.
Eu sou um homem velho e conheci vários problemas enormes, mas muitos deles nunca aconteceram.
É comum sermos bloqueados por pensamentos que criam cenários tão desfavoráveis que por vezes são impossíveis de se tornarem reais.
Se você não sente segurança para tomar uma atitude, ou simplesmente tem dificuldades de livrar-se do medo do desconhecido, o que sugiro é que responda em um papel as respostas para as perguntas a seguir:
1. O que poderia acontecer de pior se fizer o que estaria cogitando fazer?
Descreva dúvidas, medos e condições que vêm em sua mente quando pensa nestas mudanças ou ações que pode ou precisa fazer. Imagine tudo com riqueza de detalhes para poder avaliar e dar valor nos impactos permanentes, se houverem, em uma escala de 1 a 10.
Não deixe de verificar se são realmente consequências permanentes e se de fato, podem vir a acontecer mesmo.
2. Que medidas poderiam ser tomadas para consertar estas consequências de forma a deixar tudo melhor do que era antes, mesmo de forma temporária?
Acredite que há possibilidade, e muitas vezes mais fáceis do que imagina para manter tudo sobre controle novamente.
3. Quais são os impactos positivos que sua decisão de encarar “seus pesadelos” e agir criou?
Avalie os resultados internos (confiança, auto-estima, segurança, etc.) e os externos buscando valoriza-los em escala de 1 a 10.
Veja os ganhos e se imagine usufruindo os seus benefícios.
4. O que lhe custa – financeira, emocionalmente e fisicamente – adiar suas ações?
Busque avaliar o custo de sua inação. Se você não partir em busca das ações que poderão desenhar um novo cenário para a sua vida, como estará daqui a um ano, cinco anos ou dez anos estabelecido nas mesmas circunstâncias em que se encontra, sem ter feito nada?
Este exercício normalmente traz uma clareza comparável ao despertar de um pesadelo, trazendo à tona uma realidade lúcida, nem sempre fácil de ser aceita, mas perfeitamente possível de ser enfrentada.
Normalmente o que mais tememos fazer é o que mais precisamos fazer.
Certa vez escutei que “o sucesso de uma pessoa em geral pode ser medido pelo número de vezes em que ela encarou e enfrentou situações desagradáveis.”
Decida fazer todos os dias algo que você tem medo, mesmo que seja necessário buscar ajuda.
Avalie este custo da inação, compreenda a improbabilidade e a possibilidade de se consertar os passos em falso, e desenvolva o hábito mais importante daqueles que se destacam e gostam de extrair o melhor da vida: a ação.
Se tiver interesse em conversar mais sobre este assunto, é só fazer contato comigo através do meu perfil, ou se preferir, expressando sua opinião nos comentários para que mais pessoas possam interagir também com suas percepções.